O requerimento pedindo o afastamento das secretárias teve apenas um voto contrário, o do deputado Dr. Gomes (PSC).
Por Asafe Augusto
A CPI da Pandemia aprovou um requerimento de indicação ao governador Wilson Lima (PSC), para que a secretária de Estado da Comunicação, Daniela Assayag, e a secretária de Estado da Saúde, Simone Papaiz, sejam exoneradas de seus cargos.
Simone foi presa na Operação Sangria, da Polícia Federal, e está detida desde a última terça-feira (30). Chegou a se cogitar que o pedido fosse estendido aos demais alvos da operação que também têm cargos no Estado, como o diretor jurídico da Secretaria de Estado da Habitação (Suhab), João Paulo Marques, e a gerente de compras da Susam, Alcineide Figueiredo, mas isso não aconteceu.
O presidente da CPI, deputado Péricles (PSL), assegura que a secretária de Comunicação pode estar ligada direta ou indiretamente ao caso dos respiradores. “Uma está presa e outra está direta ou indiretamente ligada à compra dos respiradores e o seu marido tinha uma cota social na empresa quando começou o esquema dos respiradores. Está claro o conflito de interesses”, disse Péricles.
O deputado governista Dr Gomes (PSC) apresentou voto contrário ao requerimento afirmando que não quer obstruir as investigações e a recusa dele ao requerimento é para não ser precipitado. “Eu acho muito precipitado o pedido de afastamento simplesmente pelo fato de que seu esposo pretendia ser sócio da empresa citada”, afirmou Gomes.
Já o deputado Fausto Júnior (PRTB) disse que a exoneração de envolvidos nesses escândalos era o mínimo que se poderia ser feito. “O mínimo a fazer seria a exoneração a todos que estão presos e que têm cargo no governo do Estado”, disse.